domingo, 11 de maio de 2008

Efeito Dilma


(28/04/2008 13:26)

Roberto Rovai

Os leitores deste blogue sabem que sou contra a alteração da Constituição para que o presidente Lula possa disputar um terceiro mandato. Mas apesar de dividido, o país já começa a dar sinais de que gostaria de ver Lula na cédula em 2010. Este blogueiro não faz parte dessa maioria. Mas registra-a, até porque se fosse com FHC a mídia já diria que democracia é isso, respeitar a vontade da maioria. Eu acho que democracia é também respeitar as regras do jogo.

Além do aumento da popularidade de Lula e do seu governo, a última pesquisa CNT-Sensus começa a mostrar que a candidatura Dilma pode vir a se firmar neste ano. Leiam com atenção e vejam algumas contas que fiz especialmente para que possa comparar melhor os cenários de fevereiro e o atual. Dilma cresceu em todos os levantamentos onde é citada como candidata. Seus adversários caíram. Num eventual segundo turno com Serra, ela diminuiu a vantagem para o governador em quase 10 pontos desde fevereiro.

Avaliação do Governo A avaliação positiva do Governo Luís Inácio Lula da Silva situa-se em 57,5%, e a avaliação negativa em 11,3%. Ou seja, o que não é positivo nem negativo é regular. E o que é regular não é negativo como alguns podem querer mostrar nas notícias que estão sendo divulgadas. Se o regular fosse dividido ao meio, a aprovação a Lula seria de aproximadamente 75%.

Em fevereiro de 2008, a avaliação positiva do Governo Lula situava-se em 52,7% e a avaliação negativa em 13,7%. Ou seja, houve um aumento de aproximadamente 10% na aprovação desde fevereiro e uma queda de uns 15% na reprovação.

A aprovação do desempenho pessoal do presidente Lula situa-se em 69,3% e a desaprovação em 26,1%. Em fevereiro de 2008, a aprovação do desempenho pessoal de Lula situava-se em 66,8% e a desaprovação em 28,6%.

Eleições 2010 – 1º TURNO A Pesquisa CNT/Sensus pesquisou a tendência do eleitorado brasileiro para a eleição presidencial de 2010, em primeiro turno, tanto em votação espontânea, quanto estimulada.

Em votação espontânea foram obtidos os seguintes dados: Lula, 29,4%; José Serra, 5,0%; Aécio Neves, 2,9%; Geraldo Alckmin, 2,4%; Heloísa Helena, 1,7%; Ciro Gomes 1,5%; 54,1% declararam não ter candidato.

Em listas estimuladas, os resultados foram os seguintes:

Primeira lista: José Serra, 36,4%; Ciro Gomes, 16,9%; Heloísa Helena, 11,7%; Dilma Rousseff, 6,2; 29,0% declaram não ter candidato. Os números de fevereiro de 2008 eram 38,2%, 18,5%, 12,8%, 4,5% e 26,1% respectivamente. Nesta lista, a única candidatura que cresceu na pesquisa estimulada foi a de Dilma Roussef.

Segunda lista: Ciro Gomes, 23,5%; Heloísa Helena, 17,5%; Aécio Neves, 16,4%; Dilma Rousseff, 7,0%; 35,7% declararam não ter candidato. Os números em fevereiro de 2008 eram 25,8%, 19,1%, 16,6%, 5,4% e 33,3% respectivamente. Repete-se o fenômeno, a única candidatura que cresceu foi a de Dilma Roussef.

Terceira lista: José Serra, 34,2%; Ciro Gomes, 17,8%; Heloísa Helena, 14,1%; Patrus Ananias, 3,8%; 30,2% declaram não ter candidato. Os números em fevereiro de 2008 eram 37,5%, 19,6%, 13,9%, 3,4% e 25,8% respectivamente. O único candidato a crescer foi Patrus Ananias.

Quarta lista: Ciro Gomes, 23,2%; Geraldo Alckmin, 17,2%; Heloísa Helena, 16,3%; Dilma Rousseff, 7,6%; 35,9% declaram não ter candidato.

Eleições 2010 – 2º TURNO A CNT-Sensus perguntou sobre a tendência do eleitorado para um eventual segundo turno nas eleições presidenciais de 2010.

Na primeira opção: José Serra, 53,2%; Dilma Rousseff, 13,6%; com 33,3% declarando não ter candidato. Os números em fevereiro de 2008 eram 57,9%, 9,2% e 33,0%, respectivamente. A diferença entre Serra e Dilma, ainda imensa no segundo turno, diminuiu 9,1% desde fevereiro.

Na segunda opção: Aécio Neves, 32,1%; Dilma Rousseff, 18,3%; com 49,6% sem candidato. Os números em fevereiro de 2008 eram 36,9%, 14,5% e 48,7%, respectivamente. A diferença entre Aécio e Dilma diminuiu 7,7%.

Reeleição Sobre uma eventual alteração na Constituição para permitir uma nova candidatura do presidente Lula já em 2010, 50,4% afirmam ser a favor e 45,4%, contra.

Diante de uma eventual possibilidade de reeleição para terceiro mandato, 51,1% votariam em Lula, 35,7% votariam em José Serra e 13,3% se declararam sem candidato.

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