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quinta-feira, 31 de julho de 2008

Angela Davis do "Panteras Negras" em Salvador



Uma das ativistas políticas mais conhecidas no mundo, militante pelo direito das mulheres e contra a discriminação social e racial nos Estados Unidos, participante do movimento "Panteras Negras" e Black Power, Angela Davis, será a palestrante na videoconferência "Do Plantation ao Sistema Prisional", que será realizada no dia 04 de agosto, às 14 horas. Atualmente, Angela é professora-doutora da Universidade da Califórnia e a sua palestra fará abertura do Curso Internacional Avançado em Estudos Étnico-raciais (XI Fábrica de Idéias). O evento realizado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e apoiado pelo Instituto Anísio Teixeira / SEC será transmitido para 40 municípios da Bahia. Angela Davis militou politicamente nos anos 60 e se tornou emblemática em relação à defesa dos direitos civis do negro e da mulher na sociedade norte-americana, tornando-se uma figura afirmativa e revolucionária que é lembrada como referência estética e intelectual para a comunidade negra dos EUA e do mundo.

Filha de uma família de negros de classe média, Angela desde a escola atuou politicamente em movimentos da esquerda. A imagem de Angela teve maior visibilidade a partir de 1969, quando foi coagida a parar de lecionar pelo então governador da Califórnia, Ronald Reagan, por ser integrante do movimento comunista. Posteriormente, Angela foi injustamente acusada de ser a dona da arma que matou um juiz, num julgamento que durou cerca de dezoito meses.

Hoje, Angela Davis é escritora, filosofa, professora universitária e continua sua vida na militância contra a pena de morte, o sistema carcerário estadunidense, e em defesa de causas sociais e étnicas.O encontro com Angela Davis será no auditório de videoconferências do IAT, na Paralela, e tem como público-alvo estudantes, pesquisadores, educadores e gestores da rede pública de ensino.

Endereço
Instituto Anísio Teixeira - IAT
Estrada da Muriçoca, s/n - Paralela - Salvador
Tel: 3116-9019



terça-feira, 29 de julho de 2008

Lições de mestres do cinema: David Lynch

O Globo.

David Lynch por André Miranda



Depois de encantar e confundir milhões de espectadores mundo afora com obras como "Veludo azul", "A estrada perdida", "Cidade dos sonhos" e, seu filme mais recente, "Império dos sonhos", David Lynch vem ao Brasil pela primeira vez para mostrar sua nova faceta, a de escritor. O cineasta de 62 anos chega ao país no dia 2 de agosto para o lançamento de "Em águas profundas — Criatividade e meditação" (Gryphus), um livro em que ele explica como a meditação transcendental o tem ajudado a construir seus filmes. "Idéias são como peixes", diz Lynch, logo na introdução de seu livro. É justamente acerca de idéias e meditação que um simpático Lynch falou, por telefone, ao GLOBO. Entre elucubrações e revelações, um fato chama a atenção: o cineasta gostaria de encontrar o presidente Lula.

O senhor vem ao Brasil para lançar seu livro, "Em águas profundas", e sobretudo para falar de meditação transcendental. A meditação é tão importante assim na sua vida?

DAVID LYNCH: Eu comecei a meditar em 1 de julho de 1973, e venho meditando todos os dias desde então. É uma rotina muito fácil de seguir: são 20 minutos pela manhã, quando você acorda, e 20 minutos pela tarde, antes do jantar. A meditação transcendental é muito boa para a vida. Nela, você exercita um mantra, uma vibração de pensamento que remove o cansaço e o faz mergulhar naturalmente em certos níveis mentais e intelectuais. Você transcende e experimenta um oceano infinito de pura consciência. Uma das qualidades dessa consciência é a felicidade infinita. E essa é apenas uma das qualidades. Há outras, como a infinita inteligência, a infinita criatividade, o infinito amor, a infinita energia. É uma experiência que faz com que todos os aspectos da sua vida melhorem.

Mas é curioso ouvir como a meditação gera tanta alegria e, ao mesmo tempo, alguns de seus filmes são tão obscuros e tratam de questões, digamos, tristes da vida.

LYNCH: É curioso, eu sei. Mas eu amo idéias. Quando me apaixono por uma idéia, o cinema é o meio para expressá-la. Além disso, sempre digo que um artista não precisa sofrer para mostrar sofrimento. Da mesma forma que um diretor não precisa morrer para filmar uma cena de morte. Você pode se sentir muito feliz e fazer um filme muito obscuro. É assim que as coisas são.

Como sua fundação trabalha com a meditação?

LYNCH: O nome é Fundação David Lynch para a Educação Baseada na Consciência e Paz Mundial. A fundação quer desenvolver a potencialidade dos estudantes: com a meditação, eles descobrem como é fácil absorver novos ensinamentos intelectuais, suas notas sobem, eles melhoram o relacionamento. A fundação está buscando recursos para levar a meditação transcendental para todos os estudantes que a quiserem. Na América do Sul, nós já trabalhamos com 41 mil alunos.

Seus agentes tentaram agendar um encontro com o presidente Lula, não?

LYNCH: Eu adoraria me encontrar com ele.

Sobre o que o senhor gostaria de falar com ele?

LYNCH: Sobre a paz. O mais profundo amor da vida é um campo da paz dinâmica. É uma paz feita primeiro entre grupos e que, depois, pode afetar um país e até o mundo inteiro.

Quão longe o senhor iria para divulgar a meditação transcendental? Será que um dia vamos ver David Lynch no programa de Oprah Winfrey, pulando em cima do sofá e gritando que ama Katie Holmes, como fez Tom Cruise para divulgar a Cientologia?

LYNCH: Não, não. Eu aceito ir a qualquer lugar falar sobre o tema porque percebo que as pessoas estão bastante receptivas a conhecimentos. Mas a meditação não é uma religião, um culto ou uma seita. Pessoas de qualquer religião podem meditar. Nós começamos, por exemplo, um trabalho numa escola que era considerada a pior de seu estado nos EUA. E, em um ano, essa escola deu um giro de 180 graus: diminuiu a violência, o sofrimento e a depressão.

Voltando ao cinema, o senhor diz no livro que não preparou um roteiro para "Império dos sonhos" e que foi escrevendo as cenas durante as filmagens. Como foi isso?

LYNCH: Todos os roteiros que eu havia escrito começaram com uma história. Só que eu não as filmo logo: eu as salvo e depois as transformo em roteiro. Com "Império dos sonhos", porém, eu não sabia o que estava por vir. Eu tive uma idéia e a filmei. Aí tive outra idéia, que achei não ter relação com a primeira, e a filmei também. Fiz quatro cenas dessa forma. Então comecei a ter idéias que poderiam juntar essas cenas. Só então começamos a filmar de um jeito mais tradicional.

Então um filme, para o senhor, depende de uma idéia?

LYNCH: Tudo o que os seres humanos fazem começam com idéias. E, se você quiser levar sua idéias para níveis mais profundos, é preciso expandir sua consciência.

Os espectadores usualmente deixam as sessões de muitos de seus filmes com sensações estranhas, imaginando se entenderam completamente o que viram. Isso é proposital?

LYNCH: Não, eu não tento fazer nada que não seja fiel à idéia. Eu gosto de abstrações, mas também gosto de coisas concretas. A diferença é que, no abstrato, as interpretações se alargam. O Sam sai do cinema pensando numa coisa, e a Sally, em outra. Depois, eles se juntam, conversam e percebem que entenderam muito mais do que pensavam.

O senhor acha que falta criatividade para o cinema que é feito hoje no mundo?

LYNCH: Os filmes vão mudar, mas nunca vão acabar. Se você quer mais criatividade, mergulhe dentro de si mesmo e experimente o oceano da criatividade infinita. Molhe-se e saia com mais, mais e mais criatividade. A criatividade está lá, está nos seres humanos.

Seus filmes são sempre relacionados a sonhos. O senhor prefere sonhos ou pesadelos?

LYNCH: Eu sonho, mas não tenho idéias a partir de meus sonhos. Prefiro sonhar acordado e tirar idéias daí. Gosto dos sonhos lógicos. Mas, respondendo à sua pergunta, eu prefiro ter um lindo sonho do que um pesadelo. Acho que é assim com todas as pessoas do mundo.

*****************

Nosso Amigo Físico e Chef Bruno Mota rumo ao Estrelato!!!!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O Estadão Publicou Isto como nota de Rodapé!!!!

segunda-feira, 28 de julho de 2008, 07:44 | Online

Protógenes relata boicote na PF à Satiagraha

Delegado denuncia que foi forçado a revelar informações sensíveis do caso e insultado por superiores

Fausto Macedo e Marcelo Godoy, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - O documento que pôs em xeque a aura de corporação unida e compacta da Polícia Federal na guerra ao crime organizado revela os bastidores da operação Satiagraha - missão que levou para a cadeia o sócio-fundador do Grupo Opportunity, Daniel Dantas, e desmontou suposto esquema de desvio de recursos públicos, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

São 16 páginas subscritas por Protógenes Queiroz, o delegado que comandou a maior ação da PF no ano até ser alijado do inquérito. No documento que confiou à Procuradoria da República, e no qual sustenta ter havido obstrução às investigações e boicote à Satiagraha, Protógenes denuncia que foi forçado a revelar informações sensíveis do caso - e que resistiu por serem elas estrategicamente protegidas pelo sigilo.

Protógenes afirma ainda ter sido insultado por colegas instalados em postos elevados na hierarquia. Punido com o rótulo da insubordinação, ele voltou a Brasília com a justificativa oficial de fazer um curso de especialização. O relatório reconstitui os instantes derradeiros da operação, marcados por um duelo interno. O momento crucial, relata Protógenes, se deu quando a operação preparava o bote a suas presas mais evidentes, entre elas Dantas e o investidor Naji Nahas, a quem a PF atribui o mando de organizações que se teriam associado para fraudes financeiras.

Era a madrugada de 8 de julho, terça-feira. Agentes e delegados se concentravam na sede da Superintendência Regional da PF, no bairro da Lapa. Às 4 horas começou a distribuição dos kits diligências - cópias dos mandados judiciais que autorizavam o efetivo a fazer buscas e prisões em escritórios e residências dos alvos da Satiagraha. "As dificuldades ocorreram antes, durante e depois da operação", acusa Protógenes.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Pesquisa FAPESP

Interação entre luz e polímeros acelera processos de estruturação de resinas odontológicas e degradação de plásticos


© Eduardo Cesar

Corante verde usado no fotorreator que faz análise com luz ultravioleta

A luz sob determinadas condições contribui para acelerar processos de estruturação e de degradação de materiais poliméricos, assim como ajuda a avaliar a sua composição. Essa estreita interação em suas múltiplas facetas é a base de estudos desenvolvidos no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da Universidade de São Paulo, com resultados interessantes, principalmente para a área odontológica. No caso dos compósitos de resinas utilizados em tratamentos dentários, uma das pesquisas realizadas teve como foco avaliar, com auxílio da luz ultravioleta (UV), a resposta fluorescente da restauração, ou seja, verificar se ela apresentava o mesmo comportamento de um dente natural, que possui uma fluorescência própria, originada de um peptídeo chamado piridinolina, presente no colágeno da dentina.

“Dependendo do material utilizado, a restauração aparece na cor preta, enquanto o dente emite uma radiação branco-azulada em contato com a luz UV”, diz o professor Miguel Guillermo Neumann, coordenador da Câmara de Apoio aos Núcleos de Pesquisa da USP e que desde 1984 está à frente do Grupo de Fotoquímica no IQSC, responsável pela publicação de mais de 200 trabalhos científicos em revistas nacionais e internacionais. “É como se existisse um buraco no lugar da restauração”, compara a professora Carla Schmitt Cavalheiro, parceira de Neumann no grupo de pesquisa.

Isso ocorre porque a composição da resina pode não conter agentes fluorescentes, em geral compostos de terras-raras, que também têm aplicação em tecnologias diversas como lâmpadas fluorescentes, vidros e fibras ópticas. “Quando em contato com a radiação ultravioleta, a resposta da resina tem que se igualar à resposta do dente”, diz o professor Ivo Carlos Correa, da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que participa do grupo de pesquisa desde o ano 2000, quando iniciou seu doutorado na USP de São Paulo. “Essa é uma característica estética importante que tem de ser levada em conta no processo de fabricação do material.” O estudo foi apresentado em congressos científicos e chamou a atenção de uma empresa alemã fabricante de materiais odontológicos, que alterou a formulação para acrescentar o componente fluo­rescente na composição.

Outro resultado das pesquisas do IQSC é um fotorreator para polímeros, que já está pronto para ser produzido sob encomenda ou até em escala comercial. Também chamado de câmara de irradiação, o fotorreator com 16 lâm­padas de luz ultravioleta foi projetado pelos pesquisadores da universidade e da empresa Tecnal, de Piracicaba, no interior paulista, que agora produz o aparelho. “Começamos o desenvolvimento em 2003 tomando como base uma estufa com refrigeração e, a partir daí, fomos juntando as informações encontradas na literatura científica com as necessidades do laboratório”, explica Fredy Rossi Borges, gerente comercial da empresa, que tem um departamento de pesquisa composto por engenheiros e técnicos. Depois de pronta, a empresa recebeu uma encomenda de uma pesquisadora da UFRJ para a fabricação de uma câmara semelhante. “Tivemos que fazer ajustes no comprimento de onda da luz porque o equipamento tinha outra finalidade”, diz Borges. O interesse no produto demonstrado por outros pesquisadores resultou na criação de um catálogo com fotos, em que é possível determinar variações no projeto.

A câmara de irradiação é usada nas pesquisas de fotopolimerização e fotodegradação, as duas principais linhas na área de fotoquímica estudadas na USP de São Carlos. Na fotopolimerização a luz é utilizada para, a partir de moléculas muito simples, chamadas monômeros, obter moléculas mais complexas, as macromoléculas ou polímeros, que são a base de produtos como resinas odontológicas, circuitos impressos, materiais ópticos, tintas vinílicas e plásticos. No consultório do dentista, as resinas encontram-se em estado líquido ou pastoso, como nos adesivos (tipo de cola que prepara o dente para receber a restauração) e compósitos restauradores, respectivamente. A fotopolimerização é o processo que endurece o material restaurador pela interação da luz visível com um corante, chamado de fotoiniciador, que participa da reação química como gerador de radicais livres.

Na área odontológica, o fotoiniciador mais utilizado atualmente é a canforquinona, um corante de cor amarela que, quando misturado nas formulações, pode resultar em um efeito amarelado indesejado no dente restaurado, visível principalmente nos tratamentos de branqueamento. “Nas restaurações que ficam no fundo da boca, essa pequena diferença não fica muito aparente. Mas nas restaurações da frente é mais difícil conseguir a mesma tonalidade dos outros dentes e essa diferença se acentua quando é feito o branqueamento”, diz Neumann.

Sistemas sincrônicos - Nas buscas por fotoiniciadores mais brancos em substituição à canforquinona, as indústrias depararam com um obstáculo. “Dependendo da fonte de luz usada na fotoativação, não havia geração suficiente de radicais livres para iniciar a polimerização, com isso o material restaurador não endurecia na cavidade”, explica Correa, da UFRJ. “O sistema químico e o de luz têm que funcionar em sincronia”, ressalta Carla. Para a canforquinona dar início ao processo de polimerização, por exemplo, é preciso aplicar uma fonte na cor azul, emitida por aparelhos de luz halógena ou de luz LED (da sigla em inglês light emitting diodes, ou diodos emissores de luz).

domingo, 20 de julho de 2008

Imagem do Mês!

segunda-feira, 14 de julho de 2008

O Verdadeiro Pai do Rock!



CHUCK BERRY MOSTRA COMO O ROCK COMEÇOU

O HSBC Brasil, ex-Tom Brasil Nações Unidas, estava completamente lotado, na última quarta-feira, 18 de junho, pois todos esperavam o professor de Elvis Presley, dos Beatles e Rolling Stones entrar em cena. Aos 81 anos, Chuck Berry durante 60 minutos mostrou como o rock começou, apesar de errar muitas notas com a guitarra desafinada e até se perder nos ritmos durante vários momentos. Mas é inegável que ele faz parte do início da história do rock, tanto que é considerado o pai do rock, e até hoje mantém essa chama acesa.

"Memphis" abre o set que deixou pra trás vários clássicos. Na sequência "School days", "Johnny B. Goode", "Sweet little sixteen", "You never can tell", "Maybelline", "Roll over Beethoven", "Rock and Roll Music", "My Ding A Ling", entre outras.

Quase no final do show, doze moçoilas da platéia tiveram a chance de dançar ao lado de Chuck Berry no palco. Minha vó morreria de inveja... Com mesinhas e cadeiras no local, muita gente querendo dançar, reclamações de quem insistia ficar sentado não faltava. Como sempre as produções ganham fortunas com ingressos de "mesinhas" em shows que seria muito melhor pista livre pra se esbaldar.

Sem se despedir do público, Chuck Berry deixou o palco. Essa atitude decepcionou um pouco o público que ainda tinha esperança de conferir o bis. Seu filho, o guistarrista Charles Berry Jr, apresentou o restante da banda e as luzes foram acesas anunciando que realmente tudo tinha acabado.

Autor: Flavio Hopp (fotos e texto)

domingo, 13 de julho de 2008

1972 - Módulo 1000 - Não Fale com Paredes [Clássico do Psicodélico Nacional]



Banda de rock brasileira muito pouco conhecida. Os caras gravaram só este disco, que tem uma boa qualidade no registro do audio. O som dos caras me lembrou muito o primeiro disco do Pink Floyd (The Piper At The Gates of Dawn), cheia de toques psicodélicos, guitarras distorcidas e letras um tanto abstratas. Lendo sobre a banda, vi que eles também tinha como inspiração o Black Sabbath... tá bom, pode ser!
Nas primeiras vezes que ouvi o disco, torcia para as músicas acabarem logo e eu poder ir ouvir algo mais interessante. Depois de "digerido" o disco fica interessante.
Psicodelia pouca é bobagem!
Pra saber um pouco mais sobre a banda, entre neste link.

01 - Turpe Est Sine Crine Caput
02 - Não Fale Com Paredes
03 - Espelho
04 - Lem-Ed-Êcalg
05 - Olho Por Olho, Dente Por Dente
06 - Metrô Mental
07 - Teclados
08 - Salve-Se Quem Puder
09 - Animália

extraído de; http://umamusicapordia.blogspot.com/

BAIXE AQUI "NÃO FALE COM PAREDES"!!!

David Lynch na UFMG!

domingo, 6 de julho de 2008

Porque Estilo é Fundamental!!!

David Pastorius and Local 518....isso mesmo, o sobrinho do Jaco e sua banda!!!




Quem acompanha o miríade já deve ter visto à alguns meses alguns posts sobre o grande mestre-guru do Jazz Fusion/contrabaixo elétrico, Jaco Pastorius. Porém, nessas andanças pelos blogs da grande rede descobri uma pérola, ninguém menos que seu sobrinho David Pastorius e sua banda Local 518. Eles lançaram em 2007, pelo selo P-Vine Records, o cd que leva o nome do artista e da banda. Eles fazem um Fusion/Progressivo bastante interessante, eu arriscaria dizer até mesmo que com uma pegada Rock'n Roll bem marcante, como a faixa Bridge To Nowhere deixa bem claro. Red Hot Chili Peppers está lá com certeza! O som é encorpado e um verdadeiro deleite para os amantes dos graves. Apesar da influência do Jaco estar estampada no estilo da banda(assim como está estampada em cada banda Fusion pós-Jaco!!), conseguimos ver que eles caminham mesmo na direção do Rock'n Roll, experimentando elementos de percussão muito arrojados e em alguns momentos sentimos uma vibração catch a fire rastaman vibration, ééééé....Na faixa Urban Island está lá todo o caldeirão de ritmos e um reggae super funkeado!!!!Acreditem. Sinceramente é muito groove, é muito Pastorius, é muito Fusion, é muito funk, é muito Red Hot, enfim......Talvez o nome Pastorius estampado como marca seja algo que os promova, porém pode ofuscar se pensarmos nas inevitáveis comparações. Mas, a banda e o David tem talento e identidade própria, tem atitude e fazem um fusion verdadeiramente diferente. Feel the Groove!

Ara

Abaixo links e Vídeos do youtube:

download cd

http://www.davidpastorius.com/
http://www.myspace.com/davidpastorius




El Gran Nacho!

sexta-feira, 4 de julho de 2008


UMA BREVE HISTÓRIA SOBRE O BLUES





O blues nasceu no sul dos Estados Unidos quando os escravos transformaram a sua dor em música e verso. É puramente americano e apesar de receber alguma influência da cultura européia e africana, não existem vínculos diretos, sendo fruto da mistura de ambas as culturas. Algo especial e completamente diferente de qualquer tradição que possa ser encontrada nesses continentes, embora o pesquisador americano Alan Lomax (1915 – 2002) tenha encontrado alguns exemplos de canções bem parecidas no Noroeste de África, particularmente entre o Wolof e Watusi. A palavra “blue” foi associada à idéia de melancolia ou depressão desde a era da rainha Elizabeth. O termo "blues", como está agora definido, foi creditado ao escritor americano, Washington Irving, em 1807.

A história da tradição musical do blues é narrada oralmente e quase que unicamente por negros, desde os 1860s. A música africana e européia se fundiu para criar o que eventualmente se tornou o primeiro blues, quando os escravos começaram cantar canções cujas palavras contavam o extremo sofrimento e privação em que viviam. Era o "field holler" (grito do campo), uma forma de resposta para aquele ambiente opressivo. O "field holler" deu origem ao espiritual e ao blues. Alan Lomax define assim este momento: "celebridade entre todas as obras de arte humanas para o desespero profundo... Eles deram voz ao sentimento de alienação, sem regras e normas, que prevalecia nos acampamentos de construção do Sul". Isto se deu no *Delta de Mississipi, onde freqüentemente os negros eram recrutados à força para trabalharem no campo sob maus tratos até serem descartados por invalidez ou morte.

Lomax declara que o blues, tradicionalmente, era considerado uma disciplina masculina. Apesar de alguns dos primeiros blues ouvidos por brancos serem cantados por "ladies blues singers" (cantoras) como o Mamie Smith e Bessie Smith, não se encontravam muitas mulheres negras cantando blues nos juke-joints (também conhecidas como barrelhouses, que eram casas noturnas onde se vendiam bebidas clandestinas e tinham um palco tosco para apresentação dos músicos locais.). As prisões Sulistas também contribuíram consideravelmente para a tradição do blues com canções que falavam do trabalho, da fila da morte, assassinato, prostitutas, o diretor, o sol quente, e centenas de outras privações. Entre os presidiários que trabalhavam nas estradas e os grupos de trabalhadores rurais encontraram-se muitos bluesmen, com suas canções, onde muitos outros negros simplesmente ficaram familiarizados com as mesmas canções.

Seguindo a guerra civil como uma pedra rolante, o blues surgia como um destilado da música africana trazida por escravos. Field hollers, baladas, música de igreja e melodias de dança rítmicas chamadas de jump-ups evoluíram em uma música repentista de um cantor e seu violão. Ele cantava uma linha, e o violão respondia em seguida. Convém lembrar que o violão não desfrutou popularidade difundida com músicos de blues até a virada para o século XX. Até então, o banjo era o instrumento do blues primário. Antes dos 1890s o blues fora cantado em muitas das áreas rurais do Sul. E por volta de 1910, a palavra “blues” como é aplicado à tradição musical, estava em uso e já era bastante comum.

Alguns “blueslogistas” reivindicam (duvidosamente), que o primeiro blues publicado foi “Dallas Blues”, em 1912, escrito por Hart Wand, um violinista branco da cidade de Oklahoma. Mas o formato do blues foi primeiramente popularizado por volta de 1911 - 14 pelo compositor negro W. C. Handy (William Christopher Handy 1873-1958). Porém, a forma poética e musical do blues se cristalizou inicialmente ao redor 1910 e ganhou popularidade pela publicação de “Memphis Blues” (1912) e “St. Louis Blues” (1914), ambas de autoria de Handy. Blues instrumentais tinham sido registrados já em 1913. Mamie Smith gravou a primeira canção de blues vocal, “Crazy Blues” em 1920.




Durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918) esse tipo de música foi segregado dentro das tropas americanas através de soldados sulistas que tinham sido expostos a ela. E já nos anos vinte, o blues se tornou uma moda nacional. Foi quando surgiram as primeiras gravações que imortalizaram artistas como Robert Jonhson, Charley Patton e Blind Lemmon Jéferson, Mas por uma ironia do destino, dentro de um meio predominantemente masculino, quem fez sucesso mesmo foram as "ladies blues singers". Os discos gravados por divas como Bessie Smith e, pouco depois, Billie Holiday venderam aos milhões. Ainda neste período, o blues ganhou uma popularidade maior também entre os músicos de jazz.



Na passagem das décadas de 30 e 40 ele se esparramou em direção ao norte com a migração de negros sulistas e acabou sendo introduzido no repertório das big bands. Foi por aí que começou também a eletrificação do blues com a introdução da guitarra elétrica. Em algumas cidades do norte como em Chicago e Detroit, ao final dos anos 40 e início dos 50, guitarristas como Muddy Waters, Willie Dixon (este era baixista), John Lee Hooker, Howlin' Wolf, Elmore James e outros tantos cantavam o que ficou conhecido como Mississippi Delta Blues, acompanhados por baixo, bateria, piano e, ocasionalmente gaita, começando a emplacar hits nacionais com canções de blues. Ao mesmo tempo T-Bone Walker, em Houston, e B.B. King, em Memphis, eram os pioneiros de um estilo de tocar guitarra que combinava as técnicas do jazz com as tonalidades do blues em seus repertórios.

No início da década de 60 o bluesmen urbano foi “descoberto” por jovens músicos brancos americanos e europeus. Muitas dessas bandas baseadas em blues como Paul Butterfield Blues Band, The Rolling Stones, The Yardbirds, John Mayall's Bluesbreakers, Cream, Canned Heat, and Fleetwood Mac levaram esse som para uma audiência de jovens brancos, coisa que os artistas negros de blues não puderam fazer na América, a não ser através de covers dos ritmos negros furtados pelos brancos. Desde aquela época até hoje, o rock tem assistido a vários revivals. Alguns dos grandes guitarristas de rock como Eric Clapton, Jimmy Page, Jimi Hendrix, e Eddie Van Halen usaram o blues como base no aperfeiçoamento de seus estilos.
Tradução do texto original de Robert M. Baker encontrado no site The Blue Highway




Agora eu gostaria de acrescentar aqui algo que Robert Baker tentou dizer, mas não conseguiu com muita propriedade: é que essa apropriação branca da música negra acabou sendo de certa forma benéfica aos negros que depois acabaram ganhando o crédito devido. Não sou nenhum Dr. ou Prof., mas acompanhei bem os anos sessenta, sou bom observador e na minha impressão, o preconceito americano foi uma forte barreira para que a música negra chegasse aos brancos, em especial ao público jovem. No entanto, na Europa, embora também houvesse o preconceito racial, isso não foi empecilho para que Chuck Berry, Robert Johnson, Leadbelly, Sonny Boy Williamson e tantos outros fossem reconhecidos como grandes talentos e influenciassem músicos como Eric Burdon, Rory Gallagher, Brian Jones, Ian Anderson, Alvin Lee, Ritchie Blamoore e outros nomes aqui citados. A bem da verdade, o blues precisou cruzar o Atlântico para revolucionar a música, tornando-se popular entre o público branco e só então, retornou consagrado aos Estados Unidos, para desta vez, ter reconhecido seus verdadeiros heróis!

*Muitos sabem que o Blues teve como berço o Delta do Mississipi, no entanto, a grande maioria pensa que foi nas vizinhanças de Nova Orleans. Errado: este foi o berço do jazz. O Delta que os bluesmen se referem, como uma espécie de país místico, é o delta lamacento do rio Yazoo, que junta sua águas às do rio Mississipi nas proximidades de Vicksburg, região de inundações aonde camadas de lama vão se depositando a cada primavera. Esta região possuía terras ricas para o plantio de algodão, e por isso, ali vivia uma densa população afro-americana, que servia como mão-de-obra escrava das lavouras. (Fred Cardoso e Lucas Scarascia - A História do Blues)

extraído de: http://boogiewoody.blogspot.com/

quarta-feira, 2 de julho de 2008

rsrsrrsrs!

Só Assim Para Usar!!!